segunda-feira, março 26, 2012

(In)Suspensão…


Em suspensão...
Susto, penso, suspendo.
Suspeito, suspenso, solto.
O movimento dos corpos, 
dos seres, do vento:
aquele que não se cansa
 de ser eterno movimento.

As formas e o movimento,
Que transforma os formatos,
Formando o informe,
Transitando na ausência de lugar.

Ser e parecer...

Somos o que parecemos?
Ou parecemos que somos? 
Nem parecemos, nem somos. 
Desconhecemos. Vamos sendo,
Este algo em movimento, 
este ser fugidio, flutuante,
Este ser no qual nenhuma ontologia é constante.

sábado, março 24, 2012

Ainda belo

Os beijos
os mais toscos
sempre serão bonitos
se os sonhos
de quem beija
permanecerem
no infinito

Dos contrários

Quedas
que levantam
distâncias
que aproximam
Solidões
que povoam
a dor
que traz a cura
a guerra
que pacifica
o fim
que inicia -
dos contrários
o igual
do mesmo
o imprevisível
do momento
o inesquecível:
desejo
o intocável
não quero
o provável -
o óbvio
e o inimaginável
mãos
que se tocam
bocas
que se calam


quinta-feira, março 22, 2012

O que é

Se é letra
número
imagem
som
odor
Se é água
ferro
ar
fogo
átomos
Se é uno
múltiplo
subjetivo
social
Se é bom
mau
certo
errado
Se é amor
fantasia
vazio
infinito
Se é verdade
mentira
enigma
mito
Se é movimento
permanência
dualidade
interpretativo
Se é natural
cultural
interacional
O que é
pouco importa...
importa que é


sexta-feira, março 16, 2012

Dores de um parto vazio

Sim, choro
e chorarei
toda vez que vier
toda vez que me desfizer
desta parte de mim

desta parte que sai
do sangue que cai
do ser que não vai
nascer jamais

Sim, dói em mim
meu corpo assim
sonhos que não tem fim
sono além de mim

sangro e as dores vem
me zango não sei por quem
peso, renego, me desespero
me entrego: meu corpo é além...

quinta-feira, março 15, 2012

O demiurgo

pedra bruta
todo dia
nova pedra
massa informe
a ser trabalhada
lapidada
esculpida
formada
todo dia
eu
desformatada
enbrutecida
desabitada
todo dia
o trabalho
a conquista
de fazer-me
obra (de arte?)
todo dia o caos
todo dia
sem igual
todo dia
a criação
a invenção
e a destruição

quarta-feira, março 14, 2012

quarta-feira, março 07, 2012

La vie en rose

Há tanto mistério no desabrochar,
no simples
(e esplêndido
e infinito
e raro)
desabrochar da rosa.

Sentido da poesia

 Alguém me disse que a poesia precisa ter sentido, dizer coisas conexas, senão, não é poesia. O que é ter sentido?  Que sentido é esse que s...