É incompreensível a angústia que me dá quando vem chegando o fim da tarde, o sol se pondo e não tenho um lugar pra ir...
Um bar, uns amigos, jogar papo pro ar, pensar bobagens e dar risada...
Perambular pela noite, sem rumo, sem destino... Preciso da noite na mesma intensidade que preciso do dia... não me equilibro sem cada um deles...
Até entendo melhor a solidão que sinto por saber que não terei esse refúgio noturno, e mesmo se for, ir a lugares vazios, não encontrar pessoas que me identifico, perceber a falta de sintonia em algo tão simples que é a minha boemia...
Necessito sentir a liberdade noturna, o mundo debaixo da escuridão espacial, os pensamentos sombrios e os desejos ocultos pela luz do dia...
Para mim isso é viver o que minha alma expressa desse mundo em que habito, desse século inebriado, dessa existência confusa e obtusa...
O véu é desvelado, a máscara desmascarada, tudo se mistura em tudo, e ai eu posso vislumbrar com maior claridade o que é a vida, que tipo de animal sou eu, que sentimentos estão atrofiados em meu peito e escondidos pela convencionalidade das necessidades...
Acontece então uma libertação da moral impregnada em nossas mentes, dos preconceitos embutidos em nosso dia-a-dia, e até consigo sentir o mundo como um espírito único... e aí choro por contemplar essa beleza assombrosa que é viver!
Na noite encontro a redenção para a minha mediocridade mundana!
terça-feira, fevereiro 06, 2007
Do Que?
Do que foi
Do que é
Do que fui
Do que fiz
Do que faço
Me ambaraço
Entrelaço
Viro um bagaço
Magoada
Arrependida
Escondida
Uma palhaça
Do que é
Do que fui
Do que fiz
Do que faço
Me ambaraço
Entrelaço
Viro um bagaço
Magoada
Arrependida
Escondida
Uma palhaça
Quintal Espiritual
Percebo que preciso
Centrar em meu íntimo
Seguir rumo a mim mesma
Adentrar em minhas entranhas
Criar minha oficina mental
Meu quintal espiritual...
Centrar em meu íntimo
Seguir rumo a mim mesma
Adentrar em minhas entranhas
Criar minha oficina mental
Meu quintal espiritual...
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