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Mostrando postagens de agosto, 2009

Livros Abertos

Os livros Que abrimos Nunca mais se fecharão Dentro de nós

Nascente

Quando nasce um filho meu Eu nasço com ele Dou a luz E tenho a luz Broto E boto no mundo Dois novos seres Eu e ele Sou uma Somos dois Sou uma Nova pessoa Nasceu Nasci Morri E revivi

A Brincadeira

Quando escrevo As palavras se tornam brinquedos Pulam Rodopiam Trocam de lugar Fantasiam As palavras são pra brincar De montar De encaixar As palavras: brinquedos pra sonhar Fazer um carinho Transmitir o amor Levar um beijinho Desabrochar numa flor

Poetisando

Amiga Todo esse sofrer Te fez poeta ser E agora Escreves Porque amou E amas Intensamente Me lembro No começo Não entendias o porquê Ficaste desesperada Ansiosa Angustiada E profundamente triste Triste de doer... E hoje Aparecesses assim: Poetisando! Tornando beloO que te machucou

Lavada

Lavei os pratos Lavei os copos Lavei os garfos E até lavei as cuecas E depois Não quis saber De mais nada Fiquei cansada Cansei de lavar De limpar De interpretar a Maria Que honestamente não é o meu papel principal

TPM

Eu com Tensão Prémenstrual Fico louca Fico tosca Tiro a roupa Deito no chão e choro Rolo Não me consolo Quero me matar Quero morrer Quero comer doce Quero te comer

Criança

Quando agente é criança Agente só quer brincar Brinquedo Brincadeira O resto a vida espera E podemos recuperar Ser criança é encantado É encanto É encantar É vida cantada Vida musicada Ser criança Vida divertida Vida aproveitada Não existe o tempo Sempre há tempo Sempre é tempo Para ser criança

Prisões Comportamentais

Prisões comportamentais Diagnóstico Rótulo O que tu deves O que tu fazes Pela lei Pela fé Pelo fato Prisão comportamental Prisão moral O sistema O consumo O uso Com abuso Vício Desuso Desperdício Lixo Tóxico

O Caminhão de Gás

Será que o cara Que dirige o caminhão de gás Não sofre de depressão? Com aquela musiquinha Melancólica Triste Tocando Se enfiando Estuprando A orelha dele O dia todo A mesma musica O mesmo disco O mesmo O tempo todo A cada esquina A cada quarteirão Por toda a cidade Aquela maldita música Inconveniente Mal educada Indesejada... E hoje Ele passou aqui de novo Mais uma vez Com o mesmo som Hoje eu parei E fiquei esperando Queria olhar o motorista Coitado Senti pena dele E ele olhou para mim...

O Encontro

Encontrar Olhar Gostar Perceber Conhecer Compreender Sorrir Compartir Permitir Calor Ardor Um amor

Quero

Quero um mundo de paz Um dia de alegria Risadas Músicas Carinho Quero acordar e sentir Como a vida é linda Apenas por estar viva Apreciar a beleza de uma flor O encanto de um pássaro A pureza da água A força da amizade O poder do amor Quero novidades A boa nova A esperança A certeza da fé A verdade Quero terra Ar Água Fogo O fogo do amor

Teu Peito

Eu quero cantar A melodia do coração Quero dançar O ritmo da vida Acariciar A pele do planeta Mergulhar nas veias Dos mares e das cachoeiras Quero voar Pelos pensamentos Me afundar Nos sentimentos Me embebedar No teu acalento Ao apenas Deitar no teu peito

Poesia Torta

Sou uma poeta torta Como quem bate á porta E nada encontra Não me encontro Sempre na busca Eterna Vendo a beleza Sentindo a existência Criando versos Em meu coração Machucado Dolorido Sou só uma poeta torta Que ás vezes Se esquece que é poeta Mas não deixa de viver a poesia Haja sol E haja chuva Ventos e tempestades Aqui estou eu Perdendo-me E reencontrando-me Com o outro E com o todo Também com o nada E o vazio De mim Fazendo poesia torta Sentida Mas encontrei um sentido...

Sentido

Qual é o sentido da vida? O sentido está aqui No agora Nesse estar presente Sempre É tudo que vemos Que tocamos Que sentimos O sentido é o que se sente E só o encontra No momento presente Sentindo Sentir O sentido Encontrar o sentido Encontrar os sentidos Perceber – Sentir o que simplesmente sentimos E assim despir a alma

Alma Nua

Pessoa, Pessoa Tu Que tanto me conheces Ajuda-me Ajuda-me a despir minha alma A minha triste alma Que trago-a vestida... “(...tristes de nós Que trazemos a alma vestida...)”

Neutra Cor

Não existe Cor de menino E cor de menina As cores São para os meninos E as meninas Para as eternas crianças Que gostam de ver As cores da vida

Algum Lugar

Por algum lugar Anda minha alma Perdida Presente Reticente... Esconde-se Transfigura Transcende. Encaramos-nos Estranhamos E abraçamos. Num grito de dor Gemidos de amor Sempre complacentes.