Desde que o céu desabou, nunca mais se viu a tranquilidade.
O que era comum, se tornou distante, e a liberdade, relativa.
Se éramos realmente livres, não o sabíamos, mas a simples crença de que sim,
nos permitia ir e vir e acreditar na grande e infinita busca.
Suspensão das aulas, do trabalho, do salário, do tempo e da vida,
supressão dos sonhos, das esperanças, dos amanhãs e do encontrar saídas.
O tempo e a vida parou, mas os juros, a inflação, os impostos, a doença e a ferrugem
continuam a corroer o sangue e o suor. O horizonte se pôs, junto com o novo sol,
que não nasceu. A força do hábito se desfez, e a causalidade se refez, implacável,
comprovando a lei da contradição, da infindável luta de classes,
onde sempre há opressores e oprimidos,
os que se importam e os que desprezam vidas.
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