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Mostrando postagens de abril, 2012

Ela

Estava gasta arrastava pela estrada uma mala cansada e pálida sem destino ou parada queria nada pensava tudo.

Todo dia

Tu não me querias tu apenas fingias e sorria por ver-me tão tola em euforia Não, tu não me querias tu apenas te satisfazias com meu desejo minha entrega minhas fantasias Não querias pois não podias não tinhas tempo não tinhas forças não tinhas o que eu pedia Porque o que eu queria e o que eu pedia era apenas amor todos os dias...

Dos mundos possíveis

Meu mundo é o das palavras mas elas são sinceras e verdadeiras.

In-segurança

A frieza nos corações as vezes me choca as vezes me magoa mas as vezes me faz forte confiante do caminho certo do sentimento que carrego e prefiro mesmo acreditar na certeza aqui de dentro.

Um conto de fadas

Bela adormecida adormecida vivia ela sempre a espera. Vivia num sonho de amor e cá na Terra, as plantas cobriam a Bela. Sonhava com o beijo, com a dança, mas sozinha em seu castelo, a dormir estava ela. Foi uma maldição que a colocara em dormência profunda... mas ela não sabia, e na inocência continuava soturna. Mas eis que do sonho a realidade se fez e o moço (não, não era um príncipe), que vinha de tão longe em sua estrada, encontrou a sua amada (ele sabia onde ela estava), a dormir por mil anos encantada, e com um toque de ternura - o beijo com que ela sonhava - despertou-a assustada: o sonho poético era agora os olhos que se olhavam as mãos que se entrelaçavam e o coração, que enfim, se juntara.

Fatalismo

Ontem, um, dois, três... hoje já vinte quatro, vinte cinco, vinte seis... O que foi já não é mais o que é não satisfaz e o que virá? sonhos do nunca mais.

O ato

Foram muitos ensaios para o ato perfeito. Mas a peça não aconteceu. Tentamos, experimentamos, planejamos, mas na hora prevista a cortina se fechou. Não houve cena. Os atores caíram absortos de tanto ensaiar, pois pecaram pelo excesso, pela insegurança de viver o ato em cena. Também vacilaram pela confiança demais na possibilidade da prova, de tentar e tentar. Falhou. As portas se fecharam e uma placa foi colocada em frente ao teatro anunciando: "NÃO HAVERÁ AMANHÃ".

Agrupamento ternário

A arte da língua: linguagem, lambidas e loucuras ritmo, intensidade e movimento palavras, sabores e prazeres sons, sorvetes e beijos comunicação, alimentação e emoção o outro, eu e você.

O quê basta?

o que bota o que pode o que sabe o que mata? o que ofende o que fala o que prende o que cala? o que compra o que paga o que zomba o que amarra?

Eu?

De Nós: Um. Dos Nós: Nem-Um.

Infarto

No caloroso, vermelho e úmido espaço cardíaco habitam forças vibrantes melodias silenciosas e brilhos oculares de tamanha intensidade que seriam tidos como mentiras se profanados pela palavra.

Casadinho

Que belo par! Abraçados, juntinhos, unidos pela goiabada!

Estes dias

São estes dias os que passam como o vento que não dão conhecimento do que fomos em outro tempo Estes dias vagos ao relento tempestade, lua o que quer o contratempo? Estes dias em que me perco não percebo o peso, o erro Estes dias em que me deixo me esqueço não me quero e adormeço Estes dias que entristeço me entrego adoeço estes que passam e trazem o recomeço

do eterno retorno

enriquece  e fortalece aquilo que se esquece e remasnesce

lha

Moro na ilha Na ilha dos meus pensamentos... Zazo Alves

Sobre o futuro

Não quero sonhar com uma aposentadoria nem quero esperar para gozar as férias Quero o meu dia, o meu ar, o meu agora!

Olhos

Os olhos da ordem não enxergam belezas

Inocência

Brinque pequenina  brinque enquanto o mundo lhe é doce e o sorriso fácil enquanto há alegria  nas pequenas coisas e há folia todo dia brinque pequenina construa seus castelos invente suas aventuras enquanto é dia pois a noite não tarda e o paraíso está as vésperas de ser perdido brinque pequenina enquanto não vê a maldade e todo choro precede o riso enquanto ontem já foi esquecido e há sempre novos amigos enquanto o universo todo ainda é feito para você!