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Mostrando postagens de março, 2012

(In)Suspensão…

Em suspensão... Susto, penso, suspendo. Suspeito, suspenso, solto. O movimento dos corpos,  dos seres,  do vento: aquele que não se cansa  de ser eterno movimento. As formas e o movimento, Que transforma os formatos, Formando o informe, Transitando na ausência de lugar. Ser e parecer... Somos o que parecemos? Ou parecemos que somos?  Nem parecemos, nem somos.  Desconhecemos. Vamos sendo, Este algo em movimento,  este ser fugidio, flutuante, Este ser no qual nenhuma ontologia é constante.

Ainda belo

Os beijos os mais toscos sempre serão bonitos se os sonhos de quem beija permanecerem no infinito

Dos contrários

Quedas que levantam distâncias que aproximam Solidões que povoam a dor que traz a cura a guerra que pacifica o fim que inicia - dos contrários o igual do mesmo o imprevisível do momento o inesquecível: desejo o intocável não quero o provável - o óbvio e o inimaginável mãos que se tocam bocas que se calam

O que é

Se é letra número imagem som odor Se é água ferro ar fogo átomos Se é uno múltiplo subjetivo social Se é bom mau certo errado Se é amor fantasia vazio infinito Se é verdade mentira enigma mito Se é movimento permanência dualidade interpretativo Se é natural cultural interacional O que é pouco importa... importa que é

Dores de um parto vazio

Sim, choro e chorarei toda vez que vier toda vez que me desfizer desta parte de mim desta parte que sai do sangue que cai do ser que não vai nascer jamais Sim, dói em mim meu corpo assim sonhos que não tem fim sono além de mim sangro e as dores vem me zango não sei por quem peso, renego, me desespero me entrego: meu corpo é além...

O demiurgo

pedra bruta todo dia nova pedra massa informe a ser trabalhada lapidada esculpida formada todo dia eu desformatada enbrutecida desabitada todo dia o trabalho a conquista de fazer-me obra (de arte?) todo dia o caos todo dia sem igual todo dia a criação a invenção e a destruição

Like a stone

O respeito o sagrado em meu peito é o que guardo como direito de me ser por inteiro.

La vie en rose

Há tanto mistério no desabrochar, no simples (e esplêndido e infinito e raro) desabrochar da rosa.