sexta-feira, maio 07, 2021

A casa

 É preciso construir nossa própria morada. 

Um lugar onde possamos nos proteger das intempéries,

da maledicência, do tumulto, dos juízos desalmados, 

do descaso e da frieza que, há muito, congela e paralisa os corações humanos.

Morada erigida sobre o autoconhecimento, decorada com autoficções.

Lugar de permissões, liberdade, espaço para ensaios de si e da vida.

Onde o medo não alcança, e a insegurança é apenas a abertura para o porvir.

Em seu centro uma lareira, clareira do amor, chama que aquece 

e que chama para o agora, o presente, o instante, 

momento em que as obrigações cessam, 

e os deveres silenciam. Serena a alma,

e se abre para a vida.


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