Preciso viajar por longa data,
na volta, nada intacto,
viagem longa (terá fim?).
Sim, preciso ver, tocar, sentir
preciso saber sobre mim.
Eu - minha tão próxima desconhecida,
o que em mim habita?
O que, em que habito?
habituo-me ao mundo,
será hora de partir?
Preciso partir!
por entre-mundo, intra-mundana que sou
neste tão distante, solitário,
flutuante planeta que estou.
Como haveria de ser diferente?
Se há algo, é o momento presente.
segunda-feira, setembro 26, 2011
domingo, setembro 25, 2011
Garanta já
Do barro, o tijolo, o cimento: muros e paredes -
não necessariamente a segregação.
Mas, por que diacho, tanta separação?
Garantia de poderes, de espaços, de dinheiro?
Garantia da intocabilidade do meu frágil eu?
Garantia de saberes, de áreas, da ordem?
Garantia da ignorância, da cegueira, do controle?
Garantia?
Não garanto...
não necessariamente a segregação.
Mas, por que diacho, tanta separação?
Garantia de poderes, de espaços, de dinheiro?
Garantia da intocabilidade do meu frágil eu?
Garantia de saberes, de áreas, da ordem?
Garantia da ignorância, da cegueira, do controle?
Garantia?
Não garanto...
segunda-feira, setembro 19, 2011
Chão
É no chão que aterriso
sobre lama
lodo movediço
é no chão que eu piso
cacos de vidro
grande risco -
sem sobreaviso!
é no chão que me abismo
- tudo do humano -
como haveria imprevisto?
sobre lama
lodo movediço
é no chão que eu piso
cacos de vidro
grande risco -
sem sobreaviso!
é no chão que me abismo
- tudo do humano -
como haveria imprevisto?
Reverso
Ventos passando
promessas adormecidas
e ela já sabe contar até 10!
Viagens que não terminam
nem pelo fim da escrita
E ela já sabe o que em mim habita!
A poesia, a música, a filosofia
consonante melodia
dia e noite noite e dia
E ela já arrisca versos
canta, dança, pergunta
e me desafia.
Ela é o meu reverso.
promessas adormecidas
e ela já sabe contar até 10!
Viagens que não terminam
nem pelo fim da escrita
E ela já sabe o que em mim habita!
A poesia, a música, a filosofia
consonante melodia
dia e noite noite e dia
E ela já arrisca versos
canta, dança, pergunta
e me desafia.
Ela é o meu reverso.
quinta-feira, setembro 01, 2011
Me deu
Me deu novamente
aquelas loucuras
alegres volúpias
leves doçuras
Me deu, novamente
essa procura
vertente cura
presente altura
Deu intensamente
essa quente escritura
poente pintura
ausente amargura
Me deu - e grandemente
este grande presente:
amor que dura
da vida nascente
do agora que perdura.
aquelas loucuras
alegres volúpias
leves doçuras
Me deu, novamente
essa procura
vertente cura
presente altura
Deu intensamente
essa quente escritura
poente pintura
ausente amargura
Me deu - e grandemente
este grande presente:
amor que dura
da vida nascente
do agora que perdura.
Assinar:
Postagens (Atom)
Sentido da poesia
Alguém me disse que a poesia precisa ter sentido, dizer coisas conexas, senão, não é poesia. O que é ter sentido? Que sentido é esse que s...
-
Todo este deslize, instabilidade, multiplicidade. Todos estes tons, batons, brutalidade melódica dos sons. O que já fui, já fiz, es...
-
As folhas caem Ás vezes deixo-as ao chão Ás vezes varro Mas elas sempre caem...
-
As vezes é preciso odiar o seu interlocutor até a última consequência e deixar aflorar todos os sentimentos e argumentos é preciso se de...