espaço
esparso
passo
pedaço
o espaço
é esparso
a cada passo
um pedaço
no espaço
esparso
dou um passo
a cada pedaço
no espaço
que é esparso
a tantos passos
mil pedaços
terça-feira, dezembro 11, 2012
O som
o som
propaga
profana
procura
promete
preenche
o som
separa
suspende
supera
sufoca
surpreende
o som
invade
invoca
inventa
inverte
incomoda
o som
manda
mente
muda
mexe
mata
propaga
profana
procura
promete
preenche
o som
separa
suspende
supera
sufoca
surpreende
o som
invade
invoca
inventa
inverte
incomoda
o som
manda
mente
muda
mexe
mata
sexta-feira, novembro 23, 2012
Sobre a guerra
Quem está contra quem?
Qual é mesmo o lado do Bem?
Qual o partido que melhor me convém?
Qual é mesmo o lado do Bem?
Qual o partido que melhor me convém?
domingo, novembro 18, 2012
Imaginar
Era só imagem
o que passava
transitava
insistia
que vinha
e ia
era imagem
alegoria
transformação
ventania
imagem-
fantasia
era só imagem
o que existia
imagem só
e além
não ia
imaginação
de algum dia
mas não
era só visão
era sinestesia
formas
densidades
extensão
som
perfume
intenção
da imagem
tudo procedia
na imagem
tudo padecia
o raiar do sol
até o fim do dia
também escuridão
vultos
frestas
noite sombria
era imagem
em sinfonia
imagem
e poesia...
o que passava
transitava
insistia
que vinha
e ia
era imagem
alegoria
transformação
ventania
imagem-
fantasia
era só imagem
o que existia
imagem só
e além
não ia
imaginação
de algum dia
mas não
era só visão
era sinestesia
formas
densidades
extensão
som
perfume
intenção
da imagem
tudo procedia
na imagem
tudo padecia
o raiar do sol
até o fim do dia
também escuridão
vultos
frestas
noite sombria
era imagem
em sinfonia
imagem
e poesia...
terça-feira, novembro 06, 2012
Move
movediço é meu espaço
meu pensar,
meu amar
movediço
é meu juízo
minha forma,
minha substância
move, para além disso
meu estar, meu ser
meu desejar
move isso
mobilíssimo
meu querer
e flutuar
movediço
o andar
o chão
o ar
o olhar
move, move isso
o viver
o criar
o jorrar
movediço
acreditar
domingo, outubro 07, 2012
Se amar
quero o teu melhor
pra quê doer?
se podemos amar
e cuidar
pra quê ofender?
se podemos nos dar
e aprender
pra quê negar?
se podemos deixar
o outro ser
pra quê podar?
se podemos este dia
viver o que
nunca será
pra quê matar?
pra quê doer?
se podemos amar
e cuidar
pra quê ofender?
se podemos nos dar
e aprender
pra quê negar?
se podemos deixar
o outro ser
pra quê podar?
se podemos este dia
viver o que
nunca será
pra quê matar?
sexta-feira, setembro 21, 2012
terça-feira, setembro 11, 2012
Sol
sabe
sente
sofre
sonha
doa
sangue
sabedoria
suspiros
sarcasmo
voa
só
sem
sobre
subitamente
ama
sempre
sob
sub
derrama
sente
sofre
sonha
doa
sangue
sabedoria
suspiros
sarcasmo
voa
só
sem
sobre
subitamente
ama
sempre
sob
sub
derrama
sexta-feira, agosto 31, 2012
Vazio
consumo consola
comida afaga
bebida acalma
saída acalenta
mentira cura
ilusão engana
a podridão
o desespero
a vida causa
sintomas
e excessos
vertigens
existenciais
que precisam
de cimento.
comida afaga
bebida acalma
saída acalenta
mentira cura
ilusão engana
a podridão
o desespero
a vida causa
sintomas
e excessos
vertigens
existenciais
que precisam
de cimento.
terça-feira, agosto 28, 2012
Simplesmente
Simplicidade -
flor da beleza,
onde encontrar?
flor rara,
de distinta beleza
brota entre pedras
podres crateras
pobres casebres
prumas enleves
priscos boçais
pretos destinos
presos caminhos
pregos e armadilhas
beleza sem arte
sem maquiagem
sem salto
beleza sem óculos
sem regras
sem livros
beleza sem sacrifícios
sem grana
sem graus
beleza sem ilusão
sem falsete
sem pretensão
beleza do agora
do pouco
do povo
simples beleza
onde encontrar?
flor da beleza,
onde encontrar?
flor rara,
de distinta beleza
brota entre pedras
podres crateras
pobres casebres
prumas enleves
priscos boçais
pretos destinos
presos caminhos
pregos e armadilhas
beleza sem arte
sem maquiagem
sem salto
beleza sem óculos
sem regras
sem livros
beleza sem sacrifícios
sem grana
sem graus
beleza sem ilusão
sem falsete
sem pretensão
beleza do agora
do pouco
do povo
simples beleza
onde encontrar?
segunda-feira, agosto 27, 2012
Twitter trágico
seru
mano
pobre
coitado
carente
vazio
querendo
chamar
atenção
pra si
dando
tudo
do seu
nada
publicando
sua fachada
editando
mentiras
postando
ações
insignificantes
revelando
seu íntimo
a quem quiser
se meter
na roubada
vertigem
angustiada
alucinação
escancarada
twitando
palhaçada
escrita
desesperada
do imenso
horror:
seru
mano
sem amor!
mano
pobre
coitado
carente
vazio
querendo
chamar
atenção
pra si
dando
tudo
do seu
nada
publicando
sua fachada
editando
mentiras
postando
ações
insignificantes
revelando
seu íntimo
a quem quiser
se meter
na roubada
vertigem
angustiada
alucinação
escancarada
twitando
palhaçada
escrita
desesperada
do imenso
horror:
seru
mano
sem amor!
quarta-feira, julho 04, 2012
Gênese
No princípio.... era.....
era o quê?
houve princípio?
se houve, como saber como era,
se era?
talvez, fique melhor:
no princípio não havia princípio.
era o quê?
houve princípio?
se houve, como saber como era,
se era?
talvez, fique melhor:
no princípio não havia princípio.
terça-feira, julho 03, 2012
segunda-feira, junho 18, 2012
sexta-feira, maio 25, 2012
o Adeus
vai e anda, continua, segue adiante
vai e vai e vai e vai
longe, bem longe
distante...
Foge!
vai e vai e vai e vai
longe, bem longe
distante...
Foge!
Hoje
Sem dor
sem culpa
sem arrependimento
sem desconfiança
sem invasão
sem insegurança
sem espionagem
sem matutagem
sem desgastes
sem esgoto
sem o outro
sem medo
sem vergonha
sem licença
sem dever
sem poder
Sem pre
Sem te
Sem ver
Sem ser
Sem me.
sem culpa
sem arrependimento
sem desconfiança
sem invasão
sem insegurança
sem espionagem
sem matutagem
sem desgastes
sem esgoto
sem o outro
sem medo
sem vergonha
sem licença
sem dever
sem poder
Sem pre
Sem te
Sem ver
Sem ser
Sem me.
Querem
o teu tempo
a tua ordem
o teu sangue
o teu compromisso
a tua virtude
a tua vontade
o teu desejo
a tua verdade
o teu oco
a tua ferida
o teu fundo
o teu mundo
o teu tudo
o teu sexo
o teu espaço
a tua casa
a tua força
o teu dia
a tua vida...
...sim, a tua alma.
a tua ordem
o teu sangue
o teu compromisso
a tua virtude
a tua vontade
o teu desejo
a tua verdade
o teu oco
a tua ferida
o teu fundo
o teu mundo
o teu tudo
o teu sexo
o teu espaço
a tua casa
a tua força
o teu dia
a tua vida...
...sim, a tua alma.
quinta-feira, maio 17, 2012
Segundos
Não, não é carência...
não é falta, não é fome...
não, não é um vazio,
não é solidão,
não é nostalgia,
nem melancolia...
não é tristeza,
não é perda,
não, não é angústia.
é só saudade...
não é falta, não é fome...
não, não é um vazio,
não é solidão,
não é nostalgia,
nem melancolia...
não é tristeza,
não é perda,
não, não é angústia.
é só saudade...
sexta-feira, abril 27, 2012
Ela
Estava gasta
arrastava pela estrada
uma mala
cansada e pálida
sem destino
ou parada
queria nada
pensava tudo.
arrastava pela estrada
uma mala
cansada e pálida
sem destino
ou parada
queria nada
pensava tudo.
Todo dia
Tu não me querias
tu apenas fingias
e sorria
por ver-me tão tola
em euforia
Não, tu não me querias
tu apenas te satisfazias
com meu desejo
minha entrega
minhas fantasias
Não querias
pois não podias
não tinhas tempo
não tinhas forças
não tinhas o que eu pedia
Porque o que eu queria
e o que eu pedia
era apenas amor
todos os dias...
tu apenas fingias
e sorria
por ver-me tão tola
em euforia
Não, tu não me querias
tu apenas te satisfazias
com meu desejo
minha entrega
minhas fantasias
Não querias
pois não podias
não tinhas tempo
não tinhas forças
não tinhas o que eu pedia
Porque o que eu queria
e o que eu pedia
era apenas amor
todos os dias...
In-segurança
A frieza nos corações
as vezes me choca
as vezes me magoa
mas as vezes
me faz forte
confiante
do caminho certo
do sentimento
que carrego
e prefiro mesmo
acreditar
na certeza
aqui de dentro.
as vezes me choca
as vezes me magoa
mas as vezes
me faz forte
confiante
do caminho certo
do sentimento
que carrego
e prefiro mesmo
acreditar
na certeza
aqui de dentro.
quarta-feira, abril 25, 2012
Um conto de fadas
Bela adormecida
adormecida vivia ela
sempre a espera.
Vivia num sonho de amor
e cá na Terra,
as plantas cobriam a Bela.
Sonhava com o beijo, com a dança,
mas sozinha em seu castelo, a dormir
estava ela.
Foi uma maldição que a colocara
em dormência profunda...
mas ela não sabia, e na inocência
continuava soturna.
Mas eis que do sonho
a realidade se fez
e o moço (não, não era um príncipe),
que vinha de tão longe em sua estrada,
encontrou a sua amada (ele sabia onde ela estava),
a dormir por mil anos encantada,
e com um toque de ternura -
o beijo com que ela sonhava -
despertou-a assustada:
o sonho poético era agora
os olhos que se olhavam
as mãos que se entrelaçavam
e o coração, que enfim,
se juntara.
adormecida vivia ela
sempre a espera.
Vivia num sonho de amor
e cá na Terra,
as plantas cobriam a Bela.
Sonhava com o beijo, com a dança,
mas sozinha em seu castelo, a dormir
estava ela.
Foi uma maldição que a colocara
em dormência profunda...
mas ela não sabia, e na inocência
continuava soturna.
Mas eis que do sonho
a realidade se fez
e o moço (não, não era um príncipe),
que vinha de tão longe em sua estrada,
encontrou a sua amada (ele sabia onde ela estava),
a dormir por mil anos encantada,
e com um toque de ternura -
o beijo com que ela sonhava -
despertou-a assustada:
o sonho poético era agora
os olhos que se olhavam
as mãos que se entrelaçavam
e o coração, que enfim,
se juntara.
Fatalismo
Ontem, um, dois, três...
hoje já vinte quatro, vinte cinco, vinte seis...
O que foi já não é mais
o que é não satisfaz
e o que virá?
sonhos do nunca mais.
hoje já vinte quatro, vinte cinco, vinte seis...
O que foi já não é mais
o que é não satisfaz
e o que virá?
sonhos do nunca mais.
terça-feira, abril 24, 2012
O ato
Foram muitos ensaios para o ato perfeito. Mas a peça não aconteceu. Tentamos, experimentamos, planejamos, mas na hora prevista a cortina se fechou. Não houve cena.
Os atores caíram absortos de tanto ensaiar, pois pecaram pelo excesso, pela insegurança de viver o ato em cena. Também vacilaram pela confiança demais na possibilidade da prova, de tentar e tentar. Falhou.
As portas se fecharam e uma placa foi colocada em frente ao teatro anunciando:
"NÃO HAVERÁ AMANHÃ".
Os atores caíram absortos de tanto ensaiar, pois pecaram pelo excesso, pela insegurança de viver o ato em cena. Também vacilaram pela confiança demais na possibilidade da prova, de tentar e tentar. Falhou.
As portas se fecharam e uma placa foi colocada em frente ao teatro anunciando:
"NÃO HAVERÁ AMANHÃ".
domingo, abril 22, 2012
Agrupamento ternário
A arte da língua:
linguagem, lambidas e loucuras
ritmo, intensidade e movimento
palavras, sabores e prazeres
sons, sorvetes e beijos
comunicação, alimentação e emoção
o outro, eu e você.
linguagem, lambidas e loucuras
ritmo, intensidade e movimento
palavras, sabores e prazeres
sons, sorvetes e beijos
comunicação, alimentação e emoção
o outro, eu e você.
O quê basta?
o que bota
o que pode
o que sabe
o que mata?
o que ofende
o que fala
o que prende
o que cala?
o que compra
o que paga
o que zomba
o que amarra?
o que pode
o que sabe
o que mata?
o que ofende
o que fala
o que prende
o que cala?
o que compra
o que paga
o que zomba
o que amarra?
quinta-feira, abril 19, 2012
quinta-feira, abril 12, 2012
segunda-feira, abril 09, 2012
Estes dias
São estes dias
os que passam como o vento
que não dão conhecimento
do que fomos em outro tempo
Estes dias vagos
ao relento
tempestade, lua
o que quer o contratempo?
Estes dias
em que me perco
não percebo
o peso, o erro
Estes dias
em que me deixo
me esqueço
não me quero e adormeço
Estes dias
que entristeço
me entrego
adoeço
estes que passam
e trazem o recomeço
os que passam como o vento
que não dão conhecimento
do que fomos em outro tempo
Estes dias vagos
ao relento
tempestade, lua
o que quer o contratempo?
Estes dias
em que me perco
não percebo
o peso, o erro
Estes dias
em que me deixo
me esqueço
não me quero e adormeço
Estes dias
que entristeço
me entrego
adoeço
estes que passam
e trazem o recomeço
sábado, abril 07, 2012
segunda-feira, abril 02, 2012
Sobre o futuro
Não quero sonhar com uma aposentadoria
nem quero esperar para gozar as férias
Quero o meu dia, o meu ar, o meu agora!
nem quero esperar para gozar as férias
Quero o meu dia, o meu ar, o meu agora!
domingo, abril 01, 2012
Inocência
Brinque pequenina
brinque
enquanto o mundo lhe é doce
e o sorriso fácil
enquanto há alegria
nas pequenas coisas
e há folia todo dia
brinque pequenina
construa seus castelos
invente suas aventuras
enquanto é dia
pois a noite não tarda
e o paraíso está
as vésperas de ser perdido
brinque pequenina
enquanto não vê a maldade
e todo choro precede o riso
enquanto ontem já foi esquecido
e há sempre novos amigos
enquanto o universo todo
ainda é feito para você!
segunda-feira, março 26, 2012
(In)Suspensão…
Em suspensão...
Susto, penso, suspendo.
Suspeito, suspenso,
solto.
O movimento dos corpos,
dos seres, do vento:
aquele que não se cansa
dos seres, do vento:
aquele que não se cansa
de ser eterno movimento.
As formas e o movimento,
Que transforma os
formatos,
Formando o informe,
Transitando na ausência
de lugar.
Ser e parecer...
Somos o que parecemos?
Ou parecemos que somos?
Somos o que parecemos?
Ou parecemos que somos?
Nem parecemos, nem
somos.
Desconhecemos. Vamos sendo,
Desconhecemos. Vamos sendo,
Este algo em movimento,
este ser fugidio, flutuante,
este ser fugidio, flutuante,
Este ser no qual nenhuma ontologia é constante.
sábado, março 24, 2012
Ainda belo
Os beijos
os mais toscos
sempre serão bonitos
se os sonhos
de quem beija
permanecerem
no infinito
os mais toscos
sempre serão bonitos
se os sonhos
de quem beija
permanecerem
no infinito
Dos contrários
Quedas
que levantam
distâncias
que aproximam
Solidões
que povoam
a dor
que traz a cura
a guerra
que pacifica
o fim
que inicia -
dos contrários
o igual
do mesmo
o imprevisível
do momento
o inesquecível:
desejo
o intocável
não quero
o provável -
o óbvio
e o inimaginável
mãos
que se tocam
bocas
que se calam
que levantam
distâncias
que aproximam
Solidões
que povoam
a dor
que traz a cura
a guerra
que pacifica
o fim
que inicia -
dos contrários
o igual
do mesmo
o imprevisível
do momento
o inesquecível:
desejo
o intocável
não quero
o provável -
o óbvio
e o inimaginável
mãos
que se tocam
bocas
que se calam
quinta-feira, março 22, 2012
O que é
Se é letra
número
imagem
som
odor
Se é água
ferro
ar
fogo
átomos
Se é uno
múltiplo
subjetivo
social
Se é bom
mau
certo
errado
Se é amor
fantasia
vazio
infinito
Se é verdade
mentira
enigma
mito
Se é movimento
permanência
dualidade
interpretativo
Se é natural
cultural
interacional
O que é
pouco importa...
importa que é
número
imagem
som
odor
Se é água
ferro
ar
fogo
átomos
Se é uno
múltiplo
subjetivo
social
Se é bom
mau
certo
errado
Se é amor
fantasia
vazio
infinito
Se é verdade
mentira
enigma
mito
Se é movimento
permanência
dualidade
interpretativo
Se é natural
cultural
interacional
O que é
pouco importa...
importa que é
sexta-feira, março 16, 2012
Dores de um parto vazio
Sim, choro
e chorarei
toda vez que vier
toda vez que me desfizer
desta parte de mim
desta parte que sai
do sangue que cai
do ser que não vai
nascer jamais
Sim, dói em mim
meu corpo assim
sonhos que não tem fim
sono além de mim
sangro e as dores vem
me zango não sei por quem
peso, renego, me desespero
me entrego: meu corpo é além...
e chorarei
toda vez que vier
toda vez que me desfizer
desta parte de mim
desta parte que sai
do sangue que cai
do ser que não vai
nascer jamais
Sim, dói em mim
meu corpo assim
sonhos que não tem fim
sono além de mim
sangro e as dores vem
me zango não sei por quem
peso, renego, me desespero
me entrego: meu corpo é além...
quinta-feira, março 15, 2012
O demiurgo
pedra bruta
todo dia
nova pedra
massa informe
a ser trabalhada
lapidada
esculpida
formada
todo dia
eu
desformatada
enbrutecida
desabitada
todo dia
o trabalho
a conquista
de fazer-me
obra (de arte?)
todo dia o caos
todo dia
sem igual
todo dia
a criação
a invenção
e a destruição
todo dia
nova pedra
massa informe
a ser trabalhada
lapidada
esculpida
formada
todo dia
eu
desformatada
enbrutecida
desabitada
todo dia
o trabalho
a conquista
de fazer-me
obra (de arte?)
todo dia o caos
todo dia
sem igual
todo dia
a criação
a invenção
e a destruição
quarta-feira, março 14, 2012
quarta-feira, março 07, 2012
La vie en rose
Há tanto mistério no desabrochar,
no simples
(e esplêndido
e infinito
e raro)
desabrochar da rosa.
no simples
(e esplêndido
e infinito
e raro)
desabrochar da rosa.
quinta-feira, fevereiro 02, 2012
Sobre o não ser
Não é coincidência
loucura
indecência
tontura
efervescência
frescura
demência
ternura
Não é fantasia
atalho
agonia
retalho
simpatia
orvalho
poesia
resbalo
Não é o que você pensa
acredita
desconfia
inventa
queria
Não é o que eu digo
insinuo
demonstro
desmonto
figuro
Não é o que condenam
desdenham
invejam
caluniam
almejam
Não é o que foi
Nem o que será
é o que só é:
apenas mistério
e beleza.
loucura
indecência
tontura
efervescência
frescura
demência
ternura
Não é fantasia
atalho
agonia
retalho
simpatia
orvalho
poesia
resbalo
Não é o que você pensa
acredita
desconfia
inventa
queria
Não é o que eu digo
insinuo
demonstro
desmonto
figuro
Não é o que condenam
desdenham
invejam
caluniam
almejam
Não é o que foi
Nem o que será
é o que só é:
apenas mistério
e beleza.
sexta-feira, janeiro 27, 2012
Sonhos
gosto mesmo de flutuar
e de sonhar em como poderia ser
se fosse apenas dança e música
se tudo fosse poesia
encanto
melodia
sintonia
gosto de sonhar com a beleza
escondida nos corações
com as flores guardadas
com as declarações não anunciadas
com os poemas que não foram escritos
talvez com isso me sinta mais viva
sinta meu coração encharcar
meus olhos brilhar
ainda possa acreditar
nas pessoas
e no amar.
e de sonhar em como poderia ser
se fosse apenas dança e música
se tudo fosse poesia
encanto
melodia
sintonia
gosto de sonhar com a beleza
escondida nos corações
com as flores guardadas
com as declarações não anunciadas
com os poemas que não foram escritos
talvez com isso me sinta mais viva
sinta meu coração encharcar
meus olhos brilhar
ainda possa acreditar
nas pessoas
e no amar.
segunda-feira, janeiro 23, 2012
Ver Sem Tir
Olho
para o muro
para o mundo
paro mudo
Olho
para fora
para tudo
para nada
Olho
parada
para o todo
paralisada
Olho
sem olhos
sem signos
desencanada
Olho
para mim
para o outro
para o fim
Olho
para o chão
para o céu
para o véu
Olho
para a máscara
para a face
para a foice
Olho
não para ver
mas para sentir
e viver
para o muro
para o mundo
paro mudo
Olho
para fora
para tudo
para nada
Olho
parada
para o todo
paralisada
Olho
sem olhos
sem signos
desencanada
Olho
para mim
para o outro
para o fim
Olho
para o chão
para o céu
para o véu
Olho
para a máscara
para a face
para a foice
Olho
não para ver
mas para sentir
e viver
quarta-feira, janeiro 18, 2012
Síndrome do pânico
fo
fofo
fofofofo
fofofofofofofofofofofofo
fofoFOFOFOFOFOFOFOFOFO
FOFO, FOFO, FOFO, FOFO, FOFOFO
FOOOOOOOOOOOOOFOOOOOOOOOOOO
CA.
fofo
fofofofo
fofofofofofofofofofofofo
fofoFOFOFOFOFOFOFOFOFO
FOFO, FOFO, FOFO, FOFO, FOFOFO
FOOOOOOOOOOOOOFOOOOOOOOOOOO
CA.
Sobre si
Ação:
Silenciação
Aquietação
Meditação
Oração
Agir é também não agir:
Ponderação
Moderação
Circunscrevo meu território
em meu silêncio,
em minha internalização:
Para que não aconteça
Agressão
Violação
Intromissão
Para que não seja vítima
da mal-dic-ção.
Silenciação
Aquietação
Meditação
Oração
Agir é também não agir:
Ponderação
Moderação
Circunscrevo meu território
em meu silêncio,
em minha internalização:
Para que não aconteça
Agressão
Violação
Intromissão
Para que não seja vítima
da mal-dic-ção.
Sou
Sou a chuva que cai
Sou o vento que sai
Sou o que vem e vai
Sou o sim e o jamais
Sou no fim paz
Sou em mim mais
Sou não sou tanto faz
Sou vou dou
Não sou não vou não dou
Ou...
Sou o vento que sai
Sou o que vem e vai
Sou o sim e o jamais
Sou no fim paz
Sou em mim mais
Sou não sou tanto faz
Sou vou dou
Não sou não vou não dou
Ou...
terça-feira, janeiro 17, 2012
Trans
Transbordo
porque sou trans: missora, parente, formadora
Transbordo
porque não me pertenço e sou do outro
esse algo muito além do eu
do divisível, do individual
Transbordo
e não em palavras
Transbordo em lágrimas
e amor.
porque sou trans: missora, parente, formadora
Transbordo
porque não me pertenço e sou do outro
esse algo muito além do eu
do divisível, do individual
Transbordo
e não em palavras
Transbordo em lágrimas
e amor.
segunda-feira, janeiro 09, 2012
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Sentido da poesia
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As folhas caem Ás vezes deixo-as ao chão Ás vezes varro Mas elas sempre caem...
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As vezes é preciso odiar o seu interlocutor até a última consequência e deixar aflorar todos os sentimentos e argumentos é preciso se de...