Estava gasta
arrastava pela estrada
uma mala
cansada e pálida
sem destino
ou parada
queria nada
pensava tudo.
sexta-feira, abril 27, 2012
Todo dia
Tu não me querias
tu apenas fingias
e sorria
por ver-me tão tola
em euforia
Não, tu não me querias
tu apenas te satisfazias
com meu desejo
minha entrega
minhas fantasias
Não querias
pois não podias
não tinhas tempo
não tinhas forças
não tinhas o que eu pedia
Porque o que eu queria
e o que eu pedia
era apenas amor
todos os dias...
tu apenas fingias
e sorria
por ver-me tão tola
em euforia
Não, tu não me querias
tu apenas te satisfazias
com meu desejo
minha entrega
minhas fantasias
Não querias
pois não podias
não tinhas tempo
não tinhas forças
não tinhas o que eu pedia
Porque o que eu queria
e o que eu pedia
era apenas amor
todos os dias...
In-segurança
A frieza nos corações
as vezes me choca
as vezes me magoa
mas as vezes
me faz forte
confiante
do caminho certo
do sentimento
que carrego
e prefiro mesmo
acreditar
na certeza
aqui de dentro.
as vezes me choca
as vezes me magoa
mas as vezes
me faz forte
confiante
do caminho certo
do sentimento
que carrego
e prefiro mesmo
acreditar
na certeza
aqui de dentro.
quarta-feira, abril 25, 2012
Um conto de fadas
Bela adormecida
adormecida vivia ela
sempre a espera.
Vivia num sonho de amor
e cá na Terra,
as plantas cobriam a Bela.
Sonhava com o beijo, com a dança,
mas sozinha em seu castelo, a dormir
estava ela.
Foi uma maldição que a colocara
em dormência profunda...
mas ela não sabia, e na inocência
continuava soturna.
Mas eis que do sonho
a realidade se fez
e o moço (não, não era um príncipe),
que vinha de tão longe em sua estrada,
encontrou a sua amada (ele sabia onde ela estava),
a dormir por mil anos encantada,
e com um toque de ternura -
o beijo com que ela sonhava -
despertou-a assustada:
o sonho poético era agora
os olhos que se olhavam
as mãos que se entrelaçavam
e o coração, que enfim,
se juntara.
adormecida vivia ela
sempre a espera.
Vivia num sonho de amor
e cá na Terra,
as plantas cobriam a Bela.
Sonhava com o beijo, com a dança,
mas sozinha em seu castelo, a dormir
estava ela.
Foi uma maldição que a colocara
em dormência profunda...
mas ela não sabia, e na inocência
continuava soturna.
Mas eis que do sonho
a realidade se fez
e o moço (não, não era um príncipe),
que vinha de tão longe em sua estrada,
encontrou a sua amada (ele sabia onde ela estava),
a dormir por mil anos encantada,
e com um toque de ternura -
o beijo com que ela sonhava -
despertou-a assustada:
o sonho poético era agora
os olhos que se olhavam
as mãos que se entrelaçavam
e o coração, que enfim,
se juntara.
Fatalismo
Ontem, um, dois, três...
hoje já vinte quatro, vinte cinco, vinte seis...
O que foi já não é mais
o que é não satisfaz
e o que virá?
sonhos do nunca mais.
hoje já vinte quatro, vinte cinco, vinte seis...
O que foi já não é mais
o que é não satisfaz
e o que virá?
sonhos do nunca mais.
terça-feira, abril 24, 2012
O ato
Foram muitos ensaios para o ato perfeito. Mas a peça não aconteceu. Tentamos, experimentamos, planejamos, mas na hora prevista a cortina se fechou. Não houve cena.
Os atores caíram absortos de tanto ensaiar, pois pecaram pelo excesso, pela insegurança de viver o ato em cena. Também vacilaram pela confiança demais na possibilidade da prova, de tentar e tentar. Falhou.
As portas se fecharam e uma placa foi colocada em frente ao teatro anunciando:
"NÃO HAVERÁ AMANHÃ".
Os atores caíram absortos de tanto ensaiar, pois pecaram pelo excesso, pela insegurança de viver o ato em cena. Também vacilaram pela confiança demais na possibilidade da prova, de tentar e tentar. Falhou.
As portas se fecharam e uma placa foi colocada em frente ao teatro anunciando:
"NÃO HAVERÁ AMANHÃ".
domingo, abril 22, 2012
Agrupamento ternário
A arte da língua:
linguagem, lambidas e loucuras
ritmo, intensidade e movimento
palavras, sabores e prazeres
sons, sorvetes e beijos
comunicação, alimentação e emoção
o outro, eu e você.
linguagem, lambidas e loucuras
ritmo, intensidade e movimento
palavras, sabores e prazeres
sons, sorvetes e beijos
comunicação, alimentação e emoção
o outro, eu e você.
O quê basta?
o que bota
o que pode
o que sabe
o que mata?
o que ofende
o que fala
o que prende
o que cala?
o que compra
o que paga
o que zomba
o que amarra?
o que pode
o que sabe
o que mata?
o que ofende
o que fala
o que prende
o que cala?
o que compra
o que paga
o que zomba
o que amarra?
quinta-feira, abril 19, 2012
quinta-feira, abril 12, 2012
segunda-feira, abril 09, 2012
Estes dias
São estes dias
os que passam como o vento
que não dão conhecimento
do que fomos em outro tempo
Estes dias vagos
ao relento
tempestade, lua
o que quer o contratempo?
Estes dias
em que me perco
não percebo
o peso, o erro
Estes dias
em que me deixo
me esqueço
não me quero e adormeço
Estes dias
que entristeço
me entrego
adoeço
estes que passam
e trazem o recomeço
os que passam como o vento
que não dão conhecimento
do que fomos em outro tempo
Estes dias vagos
ao relento
tempestade, lua
o que quer o contratempo?
Estes dias
em que me perco
não percebo
o peso, o erro
Estes dias
em que me deixo
me esqueço
não me quero e adormeço
Estes dias
que entristeço
me entrego
adoeço
estes que passam
e trazem o recomeço
sábado, abril 07, 2012
segunda-feira, abril 02, 2012
Sobre o futuro
Não quero sonhar com uma aposentadoria
nem quero esperar para gozar as férias
Quero o meu dia, o meu ar, o meu agora!
nem quero esperar para gozar as férias
Quero o meu dia, o meu ar, o meu agora!
domingo, abril 01, 2012
Inocência
Brinque pequenina
brinque
enquanto o mundo lhe é doce
e o sorriso fácil
enquanto há alegria
nas pequenas coisas
e há folia todo dia
brinque pequenina
construa seus castelos
invente suas aventuras
enquanto é dia
pois a noite não tarda
e o paraíso está
as vésperas de ser perdido
brinque pequenina
enquanto não vê a maldade
e todo choro precede o riso
enquanto ontem já foi esquecido
e há sempre novos amigos
enquanto o universo todo
ainda é feito para você!
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