Como pode
Da ínfima matéria
do lápis à atmosfera
Tão grande flor desabrochar?
Como pode arder tanto em meu peito
Ao qual não tenho direito
Transcendente sentimento
Vir aqui se atracar?
Como é possível
Sobrevoando rios e barrancos
Matas, cidades, prantos
Tão distante pulsar?
Como pode
Qual chama acesa
Incandescente estrela
Tanto queimar?
Como pode ir e vir
E ainda resistir
Outono, verão, primavera
Toda estação perdurar?
Inexplicável é
Como o pairar dos astros
Tal qual o sopro de vida
Assim é...
Sem explicação
Não há razão
Ela que é tão pequena
Diante do coração
domingo, fevereiro 28, 2010
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