Nosso tempo
é outro tempo:
É contratempo
Controverso
desconversa
converte
desinventa
Desencontro
contradito
tempo maldito
malvisto
imprevisto
cego
Tempo desordenado
ordenado às avessas
sem vestes
sem vez
vez ou outra
vai e vem
Vai com tudo
o que não tem
vai com pressa
sobre precipícios
onde não há volta
mas vestígios
Tempo perdido
nos ponteiros contados
contaminando
a noção do espaço
Passo a passo
passa a vida
passatempo
despedida
catavento
ventania
cataclisma
água viva
Cata o laço
cata o traço
tropeça
travestido
atravessa
o corpo
o conteúdo
traga tudo
que é mundo
Mudo.
Mudo.
quarta-feira, maio 26, 2010
sábado, maio 15, 2010
O Flamboyant
Meu objeto de contemplação
Esse algo que me inspira
É o que vejo pela minha janela:
Um enorme Flamboyant!
Flamejante Flamboyant
boiando pelos ares
galhos suspensos
transbordando serenidade
É ele quem me diz
sobre essa versátil-sempre-aberta-maneira:
ali no seu tronco mora um pica-pau
num buraco pequenino
Ali também vem re-pousar
aracuãs, gralhas azuis
e até urubus..
e luzes de natal
Ele é lindo
pura obra de arte divina
sempre aberto e pronto
para chuvas, ventanias, pássaros e até humanos...
Ventanias
Esse algo que me inspira
É o que vejo pela minha janela:
Um enorme Flamboyant!
Flamejante Flamboyant
boiando pelos ares
galhos suspensos
transbordando serenidade
É ele quem me diz
sobre essa versátil-sempre-aberta-maneira:
ali no seu tronco mora um pica-pau
num buraco pequenino
Ali também vem re-pousar
aracuãs, gralhas azuis
e até urubus..
e luzes de natal
Ele é lindo
pura obra de arte divina
sempre aberto e pronto
para chuvas, ventanias, pássaros e até humanos...
Ventanias
quinta-feira, maio 13, 2010
Das Árvores
A brisa ainda fresca
que bafora em meu rosto
após ventanias minuanas
de longos dias
A linguagem muda
que decifro nas árvores
é uma versátil-sempre-aberta-maneira
de ser e estar
A ventania bateu
e curvei-me até o chão
folhas e galhos arrancados foram fora
mas novamente estou aqui na espera
Na sempre espera do momento
carregado de tudo que foi e de tudo que será
na aprendizagem da mesma
versátil-sempre-aberta-maneira
que bafora em meu rosto
após ventanias minuanas
de longos dias
A linguagem muda
que decifro nas árvores
é uma versátil-sempre-aberta-maneira
de ser e estar
A ventania bateu
e curvei-me até o chão
folhas e galhos arrancados foram fora
mas novamente estou aqui na espera
Na sempre espera do momento
carregado de tudo que foi e de tudo que será
na aprendizagem da mesma
versátil-sempre-aberta-maneira
Só sei... que nada sei
Aquilo que se sabia
deixou de ser sabido
quando se soube
que nada saberia..
Aquilo que achava que sabia
Não era de nada sabido
Nem ao menos se soube
O que era sabedoria...
deixou de ser sabido
quando se soube
que nada saberia..
Aquilo que achava que sabia
Não era de nada sabido
Nem ao menos se soube
O que era sabedoria...
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