quinta-feira, junho 25, 2015

Sinão

Sim, mas sim!
Sim, mas não!
Sim que é sim, sim que é não,
não que é sim, ou talvez,
apenas solidão.
Amor que é ódio,
verdade pura mentira,
o eu que não se acha,
o outro que é apenas eu mesmo.
Paradoxos aberrantes
das tristezas sorridentes
e das falsidades
que se dizem amizades.
O auto-engano
que se quer realidade
e a fantasia que a tudo
melhor explica.
Máscaras coladas às faces
faces sem formas
corpos sem memórias
palavras sem fundo
limpeza que nunca se livra do imundo:
é esse o mundo caduco
que habita na cavidade
cerebral do obscuro
é essa toda a falação do mudo,
é essa toda a solidão
que se vive em grupo.
Sim, mas não
afirmação da pura
negação.

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