É essa outra desconhecida
quem me revela-me
a cada estranha reação
a cada inusitado pensamento
Conheço-me assim
como quem nunca se conhece
que a cada tentativa de aproximação
revela novas máscaras
Máscaras ou faces?
carnavalescas fantasias
multifacetando a mim mesma
Assim vou-me ensinando-me
que sou o que não sou
que sou o que não sei
e que talvez nunca saberei
Vou-me conhecendo-me nos esconderijos
nos por detrás
nos por debaixo
Levanto o véu de maia
e nada encontro que tenha forma
sou-me des-forme, des-conhecida, des-apropriada
Também sou o que não me espero
o que não me faz previsões
o que não me personifica
Sou e serei sempre essa minha velha desconhecida
que ora cá, por vezes lá
misteriosamente me surpreende
sábado, junho 19, 2010
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Um comentário:
adorei este daqui!
ele me lembra um pouco Fernando Pessoa...rs
gostei bastante viu
bjos
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