Certamente não é dentro desta "realidade" que se situa o imaginário e prazeres infantil, embora na maioria das vezes todo o fazer dos adultos pelas crianças se torna uma formatação para lidar com esta realidade. Uma adaptação. Coisas em miniaturas. Roupas, brinquedos, sapatos, lições, fazeres, lazer, enfim.. Muito crédulos de que este é o melhor caminho para os pequenos, pois creem veementemente ser o único. Talvez seja. O fato é que não se abre espaço para a criação de algo diferente, para que possa vir a nascer um diferente. O fato é que esta realidade forjada, manipulada, já possui patente.
domingo, outubro 02, 2011
Patenteado
Em um mundo em que o real é apenas uma referência para se falar do mundo dos adultos, aquele que fora forjado construído e edificado por eles mesmos, o mundo de relações de trabalho , de dinheiro, de poderes, porém em que este real é absoluto e soberano, é difícil encontrar o lugar onde se situa o mundo da criança. Não que ela esteja fora ou que não deva se situar dentro desse já criado. Mas através de sua imaginação, inocência, criatividade, sonhos, fantasias, alegrias, brincadeiras, não é possível que este "real" seja o único mundo possível a elas. E nem que toda essa beleza da infância sirva apenas para prepará-los para depois então "cair na real". Mas é o que acontece. Poucos são os que fogem, sem tornarem-se loucos ou alienados da realidade. Aliás é essa mesma a definição para alienação: aquele que está fora da realidade. Mas não vou entrar em diagnósticos psiquiátricos nem nos males e loucuras que toda essa conformação com esta realidade causa aos seres humanos. Quero falar do mundo "fora da realidade" em que uma criança chega aos adultos.
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