Doces ilusões
que se empalidecem
com o escorrer da maquiagem.
Doloridas ilusões
que se esfacelam
em carne viva.
Ilusões vindas
de lugar nenhum -
das telas de vidro -
ficções, esquizofrenias,
vazios, suicídios.
- E se tudo fosse
bom e belo,
e se tudo fosse verdade?
E se a fala realmente
criasse realidades?
E se existisse a amizade?
O que tateamos
com tanta pressa?
O que ensurdecemos
com tantas palavras?
Agridoce ilusão...
Por quais caminhos subterrâneos
atravessa o desespero?
Por quais dissimulações
se evita arrancar a máscara
e sangrar até a morte?
Quantas cascas, e coices,
e couros, e carapaças,
quantas trapaças?
Quantos enganos, engodos,
engasgos, grunhidos,
quantos sarcasmos,
sarjetas, sacanagens,
e todo tipo de imundícies
para se forjar o que
não se é?
quarta-feira, maio 22, 2013
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2 comentários:
Dialogando:
O que não se é
É o que nos cala
E é nesse silêncio
que emergirá a
Canção da alma,
Que enfim canta
e forja a máscara
imagem e semelhança
do que mais se deseja
;)
A desilusão é o afastar das brumas, o arrancar das cascas, o retirar da maquiagem... Agridoce ilusão é dissimulação.
http://wordsinthesea.blogspot.com.br/2014/06/brumas.html
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