quarta-feira, julho 15, 2009

Ricardo Reis

Lídia, ignoramos. Somos estrangeiros
Onde que quer que estejamos.

Lídia, ignoramos. Somos estrangeiros
Onde quer que moremos. Tudo é alheio
Nem fala língua nossa.
Façamos de nós mesmos o retiro
Onde esconder-nos, tímidos do insulto
Do tumulto do mundo.
Que quer o amor mais que não ser dos outros?
Como um segredo dito nos mistérios,
Seja sacro por nosso.

2 comentários:

Jéferson Dantas disse...

Numa ilha
oceano tardio.

estas águas
marulham
e encharcam

é a viuvez
da tarde
e tudo espera

o quarto
a cama
o beijo-néctar reticente...

Danielle Antunes disse...

Gostei da poesia...
só li ontem..
e atualizei meu blog com outras novas, quando puder de uma olhada.

Sentido da poesia

 Alguém me disse que a poesia precisa ter sentido, dizer coisas conexas, senão, não é poesia. O que é ter sentido?  Que sentido é esse que s...