Antes que se chegue a ciência dos humanos
Bem antes que amanheça o dia
Antes do meio-dia
Que se dê as doze badaladas
Antes que pereça a noite
No mistério soturno da imensidão
Imersa nos delírios negros
Parte profunda da escuridão
Enquanto os astros reluzam
Pairando enfurecidamente em órbita
Mergulhamos no incandescente mistério
Da vida e da morte
Não há ciência ainda
Nem graves tecnologias
Há um vácuo profundo
Preenchendo todos os cantos com poeisa
Lugares cheios de nada
Tão repletos de ser
Tornados abstração infinita
Do vir-a-ser e perecer
quarta-feira, março 03, 2010
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