quarta-feira, março 03, 2010

Antes

Antes que se chegue a ciência dos humanos
Bem antes que amanheça o dia
Antes do meio-dia
Que se dê as doze badaladas

Antes que pereça a noite
No mistério soturno da imensidão
Imersa nos delírios negros
Parte profunda da escuridão

Enquanto os astros reluzam
Pairando enfurecidamente em órbita
Mergulhamos no incandescente mistério
Da vida e da morte

Não há ciência ainda
Nem graves tecnologias
Há um vácuo profundo
Preenchendo todos os cantos com poeisa

Lugares cheios de nada
Tão repletos de ser
Tornados abstração infinita
Do vir-a-ser e perecer

Nenhum comentário:

Sentido da poesia

 Alguém me disse que a poesia precisa ter sentido, dizer coisas conexas, senão, não é poesia. O que é ter sentido?  Que sentido é esse que s...