segunda-feira, março 01, 2010

Um Coração

Hoje meu coração está flácido...
Sinto-me frágil e sensível
como a superfície de um lago...
Que tudo recebe,
que tudo percute
Que se comporta de acordo com as intempéries,
que se molda conforme o espaço,
que esquenta
e esfria
conjuntamente com o calor recebido,
que fica azul, rosa, preto,
reluzindo as cores do céu,
que se mantém vivificado com o cuidado
e adoece
com o descaso.

Sinto-me com um coração de gelatina
que ao toque desatina
que com o frio congela
e com o calor excessivo se derrete
Mole,
desajeitado,
vermelho
tudo isso guardado aqui
em meu peito
Como se fosse um vulcão
que com o carinho
entra em erupção
e com o esquecimento...
adormece em solidão.

Um comentário:

Joao H. Priesnitz disse...

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 Alguém me disse que a poesia precisa ter sentido, dizer coisas conexas, senão, não é poesia. O que é ter sentido?  Que sentido é esse que s...