Eis um grande erro
da nossa ciência moderna:
de uma pequena amostragem
querer deduzir a totalidade.
terça-feira, setembro 24, 2013
Alma?
Alma? por onde anda esta
tão velha nossa desconhecida?
tão velha nossa desconhecida?
Anda na boca dos homens!
Mas em seus corações
está amortecida...
segunda-feira, setembro 16, 2013
Eternamente
Quanto tempo será necessário
para se pensar sobre esse mundo,
sobre essa nossa existência humana?
Com quantos espaços de tempo
se constrói uma sã sabedoria?
Quantas auroras, quantas histórias,
quantas memórias?
Quanto de vida para se lapidar
sentidos significativos?
Quanta espera, gestação, corporificação,
para se dar á luz uma digna compreensão?
Quanto de quando, de tanto, de espanto?
Quanta procura, invenção, tortura, proporção,
para se erigir alguma certeza?
Quanta perda, rasgos, abandonos,
quanta conquista,engasgos, retornos,
quantos passos, quantos sonhos,
quantas palavras, quantas amarras, quantas espadas,
quantas bofetadas para se entender o que é a vida?
terça-feira, julho 02, 2013
Busca sem fim
E quando busquei a filosofia
(ou a filosofia me buscou)
encontrei a poesia
e toda a natureza
profunda, silenciosa,
harmônica, imperiosa...
encontrei muito além
do que pudera imaginar
vãs imagens e esperas
de uma menina a sonhar...
queria ser, viver, fazer.
queria aprender, poder, crescer...
queria mesmo sem querer
e fui sendo levada
pelos caminhos incógnitos
que existir nos traz:
fui catando pedras
colhendo flores
juntando conchas do mar na areia
fui encontrando letras,
frases, pensamentos em folhas,
fui me encontrando,
semeando, me dissolvendo
fui, ainda não entendendo
que o entender era apenas
a ínfima parte do que me espera...
Quando busquei a filosofia
não sabia que a vida vinha
que os sulcos se fariam
e as folhas cairiam...
Encontrei o para além das letras
o mar incompreensível,
o universo de plantas e formas
a infinitude das gentes...
Encontrei morada
e fui percebendo, pouco a pouco
que ela era todo o universo
e as estrelas, e a terra úmida,
e as noites, e os versos...
que era cada parte
do interminável desabrochar
da face, do feto,
do fato de cada dia.
(ou a filosofia me buscou)
encontrei a poesia
e toda a natureza
profunda, silenciosa,
harmônica, imperiosa...
encontrei muito além
do que pudera imaginar
vãs imagens e esperas
de uma menina a sonhar...
queria ser, viver, fazer.
queria aprender, poder, crescer...
queria mesmo sem querer
e fui sendo levada
pelos caminhos incógnitos
que existir nos traz:
fui catando pedras
colhendo flores
juntando conchas do mar na areia
fui encontrando letras,
frases, pensamentos em folhas,
fui me encontrando,
semeando, me dissolvendo
fui, ainda não entendendo
que o entender era apenas
a ínfima parte do que me espera...
Quando busquei a filosofia
não sabia que a vida vinha
que os sulcos se fariam
e as folhas cairiam...
Encontrei o para além das letras
o mar incompreensível,
o universo de plantas e formas
a infinitude das gentes...
Encontrei morada
e fui percebendo, pouco a pouco
que ela era todo o universo
e as estrelas, e a terra úmida,
e as noites, e os versos...
que era cada parte
do interminável desabrochar
da face, do feto,
do fato de cada dia.
quinta-feira, junho 27, 2013
Passado
Ainda sinto as dores do parto...
do que havia se partido.
Somos cacos,
aos pedaços
choramos por ver
tudo dividido.
Sinto as dores
do que não tenho
não vejo, não toco
e também sinto
pelo que já tive,
já vi, já toquei...
Sinto que sou a dor
a dor do todo repartido
que não adianta mais
tentar juntar, colar, aglomerar,
já não dá mais pra retornar,
não há volta, só partida...
do que havia se partido.
Somos cacos,
aos pedaços
choramos por ver
tudo dividido.
Sinto as dores
do que não tenho
não vejo, não toco
e também sinto
pelo que já tive,
já vi, já toquei...
Sinto que sou a dor
a dor do todo repartido
que não adianta mais
tentar juntar, colar, aglomerar,
já não dá mais pra retornar,
não há volta, só partida...
segunda-feira, junho 10, 2013
As palavras
Que medo
da poesia sentes
se transitas pelas veredas
prosaicas e congestionadas
pelas palavras?
Se carregas na tinta
e desgastas a pena
que medo bloqueia
a palavra
combinada com imagens
costurada com sonhos e voos
harmonizada com rimas?
Que medo sentes
da palavra
sussurrada
montada com metáforas
e amarrada com lágrimas?
Que medo
das palavras!
da poesia sentes
se transitas pelas veredas
prosaicas e congestionadas
pelas palavras?
Se carregas na tinta
e desgastas a pena
que medo bloqueia
a palavra
combinada com imagens
costurada com sonhos e voos
harmonizada com rimas?
Que medo sentes
da palavra
sussurrada
montada com metáforas
e amarrada com lágrimas?
Que medo
das palavras!
Livre
Libertos das algemas mentais
rumamos para o sol
voamos com a leveza dos pés na terra
levitamos de coração aberto.
Sentindo não mais as angústias humanas
mas a certeza e a necessidade de tudo que brota
de todo órgão e organismo que pulsa
dos pássaros que cantam.
Dar e receber,
lei universal sem a qual
nada frutifica.
Dar e receber,
lei natural de recolhimento
e de saída.
O ninho, a toca, o berço,
o voo, a selva, o social,
o ar, o alimento, o sol
dar e receber.
Vem o dia
mas a noite cai
vem a vigília
mas o sono atrai
vem a agonia
mas existe a paz.
rumamos para o sol
voamos com a leveza dos pés na terra
levitamos de coração aberto.
Sentindo não mais as angústias humanas
mas a certeza e a necessidade de tudo que brota
de todo órgão e organismo que pulsa
dos pássaros que cantam.
Dar e receber,
lei universal sem a qual
nada frutifica.
Dar e receber,
lei natural de recolhimento
e de saída.
O ninho, a toca, o berço,
o voo, a selva, o social,
o ar, o alimento, o sol
dar e receber.
Vem o dia
mas a noite cai
vem a vigília
mas o sono atrai
vem a agonia
mas existe a paz.
sexta-feira, junho 07, 2013
Re-ciclo
o lixo pode estar nos cestos de lixo...
pelo chão, pelas ruas, pelos mares
e imensos depósitos de lixo..
.o lixo também pode estar na sua mente,
nos seus pensamentos e emoções,
na sua frente - na tela da internet,,
nas imagens, videos e comentários,
nas margens, rios de escarro.
o lixo talvez possa estar num lugar
de ouro, de flores, de águas límpidas,
talvez possa estar nos muros,
nas casas, calçadas e avenidas,
nos carros, combustíveis,
nas mais altas tecnologias..
o lixo é a natureza tocada pelo homem,
é o mau uso, é o resto, é a sobra,
o lixo é a pressa, é o prazo, é o desprezo,
é a massa informe que denigre,
que agride e até mata.
o lixo é a última prova
da ignorância justificada.
quinta-feira, junho 06, 2013
Corporificando
Não prescrever
nem imaginar demasiado
e viver fantasiando
antes de dar um passo -
Frear a mente
e sua potência teatral
sair do filme mental
e experienciar no palco real -
Deixar ser como é
sem antemãos
ante-pensamentos
ante-expectativas
Sem hierarquias
ou qualquer tipo de conselhos
o que vale é experiência por experiência
- O que temos pra hoje?
quarta-feira, maio 22, 2013
Dissimula
Doces ilusões
que se empalidecem
com o escorrer da maquiagem.
Doloridas ilusões
que se esfacelam
em carne viva.
Ilusões vindas
de lugar nenhum -
das telas de vidro -
ficções, esquizofrenias,
vazios, suicídios.
- E se tudo fosse
bom e belo,
e se tudo fosse verdade?
E se a fala realmente
criasse realidades?
E se existisse a amizade?
O que tateamos
com tanta pressa?
O que ensurdecemos
com tantas palavras?
Agridoce ilusão...
Por quais caminhos subterrâneos
atravessa o desespero?
Por quais dissimulações
se evita arrancar a máscara
e sangrar até a morte?
Quantas cascas, e coices,
e couros, e carapaças,
quantas trapaças?
Quantos enganos, engodos,
engasgos, grunhidos,
quantos sarcasmos,
sarjetas, sacanagens,
e todo tipo de imundícies
para se forjar o que
não se é?
que se empalidecem
com o escorrer da maquiagem.
Doloridas ilusões
que se esfacelam
em carne viva.
Ilusões vindas
de lugar nenhum -
das telas de vidro -
ficções, esquizofrenias,
vazios, suicídios.
- E se tudo fosse
bom e belo,
e se tudo fosse verdade?
E se a fala realmente
criasse realidades?
E se existisse a amizade?
O que tateamos
com tanta pressa?
O que ensurdecemos
com tantas palavras?
Agridoce ilusão...
Por quais caminhos subterrâneos
atravessa o desespero?
Por quais dissimulações
se evita arrancar a máscara
e sangrar até a morte?
Quantas cascas, e coices,
e couros, e carapaças,
quantas trapaças?
Quantos enganos, engodos,
engasgos, grunhidos,
quantos sarcasmos,
sarjetas, sacanagens,
e todo tipo de imundícies
para se forjar o que
não se é?
Você diz...
Você diz
que a culpa é da filosofia
mas não percebe
sua loucura a cada dia.
Você cria, recria,
mente, desmente
suas categorias
mas entre o dizer e o fazer
há um intransponível querer.
Você diz
que a culpa é da filosofia
mas se deixa levar
Você faz e desfaz
fala e volta atrás
dá com a língua
nos dentes demais.
No entanto,
ouça meu canto,
mais vale calar,
amar e errar.
Mais vale a solidão
e a dureza do não
do que boca cheia
e vazio coração.
que a culpa é da filosofia
mas não percebe
sua loucura a cada dia.
Você cria, recria,
mente, desmente
suas categorias
mas entre o dizer e o fazer
há um intransponível querer.
Você diz
que a culpa é da filosofia
mas se deixa levar
Você faz e desfaz
fala e volta atrás
dá com a língua
nos dentes demais.
No entanto,
ouça meu canto,
mais vale calar,
amar e errar.
Mais vale a solidão
e a dureza do não
do que boca cheia
e vazio coração.
Do Antigo
Ele era do tempo
em que ainda se acreditava
na imagem, na palavra
em que não se temia
a ação livre, despojada
e sua má interpretação.
Ele aparecia, sorria
se expunha
argumentava, contrastava
e até dançava.
Ele era do tempo
em que as coisas não se tornavam
descartáveis, banalizáveis,
estupidamente consumáveis.
Era do tempo
em que se sonhava
e se podia levar a sério
a inventiva porção
de seu espaço mais íntimo,
que era o coração.
em que ainda se acreditava
na imagem, na palavra
em que não se temia
a ação livre, despojada
e sua má interpretação.
Ele aparecia, sorria
se expunha
argumentava, contrastava
e até dançava.
Ele era do tempo
em que as coisas não se tornavam
descartáveis, banalizáveis,
estupidamente consumáveis.
Era do tempo
em que se sonhava
e se podia levar a sério
a inventiva porção
de seu espaço mais íntimo,
que era o coração.
terça-feira, abril 09, 2013
Indo
to indo de volta
pro meu céu azul
indo ao encontro
do meu norte,
que é o meu sul.
vou, porque o que
vai, volta
vou, porque aqui
não estou
mas em toda
a minha história.
vou indo
mas não vou tarde
antes, sorrindo
levando minha parte
minha arte, meu carinho
trilhando meu transparente destino
vou, vou indo
até mesmo porque nada fica
apenas a ilusão da permanência
mas eu, em minha inconsitência
já deixei de acreditar
na segurança do estar.
pro meu céu azul
indo ao encontro
do meu norte,
que é o meu sul.
vou, porque o que
vai, volta
vou, porque aqui
não estou
mas em toda
a minha história.
vou indo
mas não vou tarde
antes, sorrindo
levando minha parte
minha arte, meu carinho
trilhando meu transparente destino
vou, vou indo
até mesmo porque nada fica
apenas a ilusão da permanência
mas eu, em minha inconsitência
já deixei de acreditar
na segurança do estar.
Um
Te vi em sonho
e nele estavas inteiro
unido a todas as partes
das quais te ressentes
Amavas,
e eras infinito
conectavas-te a tudo
que havias perdido
Eras pleno
riso e palavra
eras parte -
mas eras o todo
Eras o que sonhavas ser
e ao apenas sonhar, dançavas
e fazias desse ser
a pura realidade.
e nele estavas inteiro
unido a todas as partes
das quais te ressentes
Amavas,
e eras infinito
conectavas-te a tudo
que havias perdido
Eras pleno
riso e palavra
eras parte -
mas eras o todo
Eras o que sonhavas ser
e ao apenas sonhar, dançavas
e fazias desse ser
a pura realidade.
sexta-feira, março 15, 2013
Deus
Vida é um dom
é o sopro
é a sorte
é o sangue
é dádiva
doçura
diamante
Vida é o que vem
é o que vai
é o instante
Vida é o que voa
é o que vibra
é o que vence
o que ventila
Vida é a voz
é a vez
é o que verte
é o grão
é o grau
é o grande
é o grito
Vida é o abrigo
é o brilho
é o trigo
é o trago
é trágico
é mágico
é vida.
é o sopro
é a sorte
é o sangue
é dádiva
doçura
diamante
Vida é o que vem
é o que vai
é o instante
Vida é o que voa
é o que vibra
é o que vence
o que ventila
Vida é a voz
é a vez
é o que verte
é o grão
é o grau
é o grande
é o grito
Vida é o abrigo
é o brilho
é o trigo
é o trago
é trágico
é mágico
é vida.
terça-feira, março 05, 2013
Com carinho
Como um presentinho
abra seu coração
com um gesto de carinho
desembrulhe com atenção
Desfaça o lacinho
e aos poucos retire o papel
delicadeza nos dedinhos
e ternura como mel.
abra seu coração
com um gesto de carinho
desembrulhe com atenção
Desfaça o lacinho
e aos poucos retire o papel
delicadeza nos dedinhos
e ternura como mel.
Renda
Sou rendeira
com meus dedos
teço o tempo
tranço fios
e movimento
Rendo-me
às flores
aos intervalos
às voltas
e laços
Rendo a branca matéria
o fio passivo
a forma etérea
a matemática da arte
que se faz primavera.
com meus dedos
teço o tempo
tranço fios
e movimento
Rendo-me
às flores
aos intervalos
às voltas
e laços
Rendo a branca matéria
o fio passivo
a forma etérea
a matemática da arte
que se faz primavera.
Querer
Desejo que eu seja
um pássaro a cantar
o vento a soprar
o sol a brilhar
Que seja como um raio
um relâmpago
da floresta
um manto
Que seja como paz
o silêncio
que seja o que jaz
suspenso
Que queime como fogo
que arda como brasa
que seja um vulcão
vertendo lava
Que paire como estrela
nasça,
resplandeça
e adormeça
Que seja apenas gente
que chora, que ri
que ama
e se desprende.
um pássaro a cantar
o vento a soprar
o sol a brilhar
Que seja como um raio
um relâmpago
da floresta
um manto
Que seja como paz
o silêncio
que seja o que jaz
suspenso
Que queime como fogo
que arda como brasa
que seja um vulcão
vertendo lava
Que paire como estrela
nasça,
resplandeça
e adormeça
Que seja apenas gente
que chora, que ri
que ama
e se desprende.
D'água
Lágrimas são dádivas
para um coração
dilacerado
é o desinchaço
suspiro aliviado
é a explosão da bolha
do orvalho
é a flor que irrompe
e depois despenca
em frangalhos
é a dor
que se esvai
e que parte
como raio
para um coração
dilacerado
é o desinchaço
suspiro aliviado
é a explosão da bolha
do orvalho
é a flor que irrompe
e depois despenca
em frangalhos
é a dor
que se esvai
e que parte
como raio
segunda-feira, fevereiro 18, 2013
Más Caras
Vejo máscaras
escorrendo pelo ralo
vejo os calos
e as feridas
vejo o medo
os esbarros
e o asco
vejo os vampiros
e suas mordidas
vejo tanto
o canto
o pranto
vejo o acaso
todo dia
cai a máscara
e escancara
aquilo que arrepia
escorrendo pelo ralo
vejo os calos
e as feridas
vejo o medo
os esbarros
e o asco
vejo os vampiros
e suas mordidas
vejo tanto
o canto
o pranto
vejo o acaso
todo dia
cai a máscara
e escancara
aquilo que arrepia
Será
Um encontro
que se fez carne
entre dois mundos
um ponto se abre:
multidimensionalidade
Um encontro
um ponto
uma cratera
e tudo que cabe nela:
céu e terra
água primavera
Promessas são passado
e o que há
não foi dito
nem calculado
É o porvir
no espaço
crias oriundas
do que não se detém
parado.
que se fez carne
entre dois mundos
um ponto se abre:
multidimensionalidade
Um encontro
um ponto
uma cratera
e tudo que cabe nela:
céu e terra
água primavera
Promessas são passado
e o que há
não foi dito
nem calculado
É o porvir
no espaço
crias oriundas
do que não se detém
parado.
Se
Se levo
enlevo
sossego
e não me apego
Se sinto
pressinto
sugiro
e me inspiro
Se toco
provoco
destroço
sem remorso
Se vou
me dou
e aqui estou
para o voo
enlevo
sossego
e não me apego
Se sinto
pressinto
sugiro
e me inspiro
Se toco
provoco
destroço
sem remorso
Se vou
me dou
e aqui estou
para o voo
sexta-feira, fevereiro 08, 2013
Portas abertas
Portas abertas
e as janelas
o vento entra
e invade
preenche
o espaço
da tarde
Portas abertas
recebe ela
e o que traz
o que dá
o que faz
o que há
o que arde
Portas abertas
do coração
da sua casa
da arte
do pão
da amizade
Portas abertas
e as janelas
abra seus olhos
sua mente
seu ser
seu amor
sua semente
e as janelas
o vento entra
e invade
preenche
o espaço
da tarde
Portas abertas
recebe ela
e o que traz
o que dá
o que faz
o que há
o que arde
Portas abertas
do coração
da sua casa
da arte
do pão
da amizade
Portas abertas
e as janelas
abra seus olhos
sua mente
seu ser
seu amor
sua semente
Do ente
Intensamente
divaga minha mente
meu ser, meu ente
densa
abismal
inerente
é a zona profunda
que desencadeia
o consciente
subitamente
desemboca
e suspende:
é o jogo caduco
de quando em quando
está presente
inesperadamente
dispara as sementes
germina e transcende
todo mundo sabe
mas ninguém entende
a vida - uma viagem
translúcida e potente
divaga minha mente
meu ser, meu ente
densa
abismal
inerente
é a zona profunda
que desencadeia
o consciente
subitamente
desemboca
e suspende:
é o jogo caduco
de quando em quando
está presente
inesperadamente
dispara as sementes
germina e transcende
todo mundo sabe
mas ninguém entende
a vida - uma viagem
translúcida e potente
quinta-feira, janeiro 31, 2013
Que dor
Que dor é essa
que consome o que afaga
tal qual buraco negro
suga os mundos
engole a estrada?
que dor é essa
que te faz querer
ser o centro
ser o dengo
ser o gozo
o tempo todo?
que dor é essa
que não vê limites
que permite deslizes
que esquece que é dor?
Que dor é essa
que não aprende
que não se rende
que não entende que é dor?
que consome o que afaga
tal qual buraco negro
suga os mundos
engole a estrada?
que dor é essa
que te faz querer
ser o centro
ser o dengo
ser o gozo
o tempo todo?
que dor é essa
que não vê limites
que permite deslizes
que esquece que é dor?
Que dor é essa
que não aprende
que não se rende
que não entende que é dor?
Parada
Há um ponto
um pequenino ponto
um microbilionésimo ponto
na infinitude
aonde a poesia
pode tornar-se sinfonia
aonde a dor sentida
ou escrita
pode transforma-se
em melodia
há um ponto
do qual o profundo
vira grito
gemido
granizo
do qual o amor
irrompe em palavras
cantadas
sentidas
ensanguentadas
há um ponto
no meio do nada
flutuante
inconstante
raridade
há um ponto
um sopro
um suspiro
um só
ponto-
parada.
um pequenino ponto
um microbilionésimo ponto
na infinitude
aonde a poesia
pode tornar-se sinfonia
aonde a dor sentida
ou escrita
pode transforma-se
em melodia
há um ponto
do qual o profundo
vira grito
gemido
granizo
do qual o amor
irrompe em palavras
cantadas
sentidas
ensanguentadas
há um ponto
no meio do nada
flutuante
inconstante
raridade
há um ponto
um sopro
um suspiro
um só
ponto-
parada.
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