Quero abrir meu coração
- mas não em um procedimento cirúrgico -
quero abri-lo em explosão
em uma intensa profusão de sangue
de vida jorrando seiva fecunda
quero rasgá-lo com fogos de artifício
da mais alucinada pirotecnia de cores e brilhos -
quero expô-lo na janela
de algum prédio ressecado e ressentido
quero dispará-lo em tambores
advindos das mais profundas florestas
d'onde a vida ainda queime
em sua faísca mais primitiva
quero expandi-lo e virá-lo do avesso
e que ele engula o mundo inteiro
triturando de amor cada carne fria e amargurada
cada desamor que machuca,
que tortura e que mata.
sábado, fevereiro 07, 2015
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