Sempre aos meios
pela metade vou sendo
uma que acorda
e a outra que permanece em sonhos
uma que é carne
e a outra intangível
um algo que eu me sei
e algo outro tão estranho
um sem começo e um também sem fim
um estar ao meio
pela metade do caminho
sem saber se cá ou lá
direita ou esquerda
boa ou má
lúcida ou louca
uma lua pela metade
que desconhece seu lado escuro
e talvez aonde está sua luz-cidez...
que outra face
uma segunda pele
uma nuca desconhecidamente minha que me acompanha
um interno do qual só conheço o sangue
nunca o além
mas que tenho certeza que há
que está constantemente aqui
do qual só conheço este instante
presente e espacial:
sou dual
quinta-feira, abril 29, 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Sentido da poesia
Alguém me disse que a poesia precisa ter sentido, dizer coisas conexas, senão, não é poesia. O que é ter sentido? Que sentido é esse que s...
-
Quando Michel de Montaigne escreveu "Sobre os canibais" no ´século 16, ele sonhou em contar a Platão sobre a beleza deste lugar e...
-
Por alguns instantes suspendo os juízos junto minhas mãos e agradeço o teto, o som, o canto. Estes, não são meros fenômenos ou fantasias. S...
-
Desde que o céu desabou, nunca mais se viu a tranquilidade. O que era comum, se tornou distante, e a liberdade, relativa. Se éramos realmen...
Nenhum comentário:
Postar um comentário