terça-feira, abril 13, 2010

Som, imagem e sabor


Quanta coisa despertou meu desejo
pelo nome que lhe era dado
e pelo meu imaginário

ao conhecer a coisa em si
e provar-lhe
um desapontamento
diante de algo
que não aguçara meus sentidos

nada de bom como eu via
nos olhos de quem dizia

Cat-chup foi uma delas
queria entender porque
se falava tanto sobre esse algo delicioso...

"Mãe, compra cat-chup?"
"mas, é isso cat-chup?"

Qual a metafísica do cat-chup?
O que há nele que eu não senti?
Apenas um nome? uma imagem?
Uma questão de mau gosto?

Quanto a linguagem nos ludibria
e quanto os sentidos nos revela!


(imagem: Edvard Munch)

2 comentários:

Jéferson disse...

Lembrou-me os poetas beatniks.

Rodrigo Mafalda disse...

sabe que odeio o tal cat-chup, o detalhe é que não sabia fazer arroz com molho e tentei sozinho, troquei... achei que o molho fosse o cat-chup e ai engraçado ficou horrível, arroz com cat-chup, horrível..nunca mais quis cat-chup.
que tem ali? sou eu.

Sentido da poesia

 Alguém me disse que a poesia precisa ter sentido, dizer coisas conexas, senão, não é poesia. O que é ter sentido?  Que sentido é esse que s...