sexta-feira, dezembro 10, 2010

No adjective

Peço encarecidamente:
Não me adjetive!
Isto poderia acabar
com a nossa tão promissora amizade.
Ao me pensar como isto ou aquilo
estaria me congelando
paralisando um defeito momentâneo
algo passageiro
por questão de aprendizagem.
Ao aí focar
me condenaria em não mais crescer.
Também peço:
não eleve ações qualitativamente
consideradas boas
elas também são transitórias!
Não jogue confetes...
Poderia me fazer acreditar melhor do que sou
e tão somente NÃO SOU.
nem aquilo, nem isto
nem adjetivo algum.
sou apenas o que vou sendo
como você, aprendendo.
e então amigo
seremos para sempre indefinidos -
indefinidamente, amigos.

Um comentário:

sorsandro disse...

Mundo novo

Quanta intensidade!
Quanta visceralidade!
Realmente... Vivemos em outra época.
Nada mais é.
Donde vieram as certezas,
o complexo modernizador diluiu.
Somente o discurso existe.
Medir e dar nomenclaturas não mais.
Apenas usar da linguagem para criação de realidades.
Realmente é inevitável o afago à subjetividade.
Custa-me acreditar que poeticamente habitamos,
que criamos.
Somos na real várias coisas.
Temos várias personalidades.
Metamorfoses criativas.
Mentes insandecidas.

ps. ensina-me! como filosofar sem adjetivar?

Sentido da poesia

 Alguém me disse que a poesia precisa ter sentido, dizer coisas conexas, senão, não é poesia. O que é ter sentido?  Que sentido é esse que s...