quarta-feira, dezembro 08, 2010

O que te dou

O que te dou você não sabe
mas são gotas da minha carne
sangue de poesia

o que te dou você não sabe
mas é muito do que arde
do que me inebria

o que te dou você não sabe
mas é o sublime desta tarde
única verdade que sacia

o que te dou você não sabe
vai com o vento
vem com a sinestesia

você não sabe
mas invade
provoca
irradia

não sabe?

fantasia...

Um comentário:

sorsandro disse...

Além do bem e do mal algo de
além-humano existe

Antitético baudelairiano.
Antitético benjaminiano.
Antitético de Pesavento.
Amoralidade nietzscheana.

Malvada e sombria em ti.
Bondoso e claro em mim.
Benigna e diurna em você.
Soturno e maligno em meu ser.

Qual constructo filosófico-artístico surgirá?
Que seiva a não ser veneno emergirá?
Que tipo de substância sublime?
Qual nirvana há em sua leveza?

Sentido da poesia

 Alguém me disse que a poesia precisa ter sentido, dizer coisas conexas, senão, não é poesia. O que é ter sentido?  Que sentido é esse que s...