Maravilhamento, espanto, perplexidade, atordoamento... Percepção de que as histórias que nos contaram não dão conta, que o que dizem ser natureza, mundo, humano, homem, mulher, animal, nos levam a erros grosseiros: insuficiências dogmáticas, físicas problemáticas, religiões parasitárias, generalizações apressadas: a filosofia nos permite ter calma diante das ânsias destruidoras, prestar atenção aos detalhes e confeccionar nossas cosmovisões com fios poéticos, sutis, intuitivos, que em muito ultrapassam as definições instituídas e cravadas no peito do mundo, numa singela e persistente tentativa de salvá-lo, de salvar-nos, da declaração de morte sentenciada pelas ontologias falidas. É abrir nossos poros ao que ainda pulsa desconhecidamente em um universo infinito.
quarta-feira, dezembro 13, 2017
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Sentido da poesia
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